Year: 2023

Câmeras especiais da Prefeitura de Niterói registram duas espécies inéditas no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit)

As câmeras especiais instaladas pela Prefeitura de Niterói no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) mostraram duas espécies que nunca tinham sido registradas no parque: um Jacu (Penelope obscura), ave considerada extinta da fauna do parque há alguns anos, e um caxinguelê (Sciurus aestuans), um tipo de roedor. Também foi flagrado um cachorro do mato (Cerdocyon thous) passeando na mata. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) está mapeando, por meio de fotos e vídeos, os exemplares da fauna que habitam o parque. Os equipamentos foram adquiridos pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (Seconser) e as imagens são usadas para estudos e desenvolvimento de futuras ações de proteção dos animais do local.

“Esses registros mostram que a fauna vem se restabelecendo gradativamente, à medida que o reflorestamento e o aumento de espécies nativas frutíferas se consolidam. Quanto mais a floresta se regenera, maior a população de animais. O trabalho de proteção e recuperação de florestas urbanas de Niterói tem sido reconhecido mesmo a nível internacional, como aconteceu quando a FAO (órgão da ONU) lançou uma publicação sobre florestas urbanas e só duas cidades da América Latina foram citadas: Niterói e Lima. Nossas áreas verdes são oportunidades de desenvolvimento econômico sustentável e de qualidade de vida para a sociedade”, destaca o prefeito de Niterói, Axel Grael.

Os técnicos da SMARHS montam “armadilhas fotográficas”, câmeras ativadas automaticamente para fotografar e gravar animais em estado selvagem com a menor interferência humana possível. O objetivo é produzir imagens de espécies, principalmente aquelas de difícil visualização pelos pesquisadores, como espécies noturnas e raras. Os equipamentos não são invasivos, não causam incômodo e nem promovem qualquer tipo de lesão nos animais. As armadilhas ficam em um local da mata por um período de 30 dias para observação e depois são levados para outra parte do Parque.

“Com as armadilhas fotográficas conseguimos observar os animais. O jacu é o grande dispersor de sementes da mata atlântica e é um animal chave para a biodiversidade da flora e para uma floresta saudável. Já registramos o cachorro do mato em uma outra vez, mas é a primeira vez que filmamos ele se alimentando de gambás e isso mostra que o ecossistema está em equilíbrio e a espécie não precisa da cidade para sobreviver. Já o caxinguelê é um tipo de esquilo da Mata Atlântica e que, geralmente, fica muito dentro da vegetação, então foi a primeira vez que conseguimos capturar imagens dele”, explica o coordenador e supervisor do grupo de trabalho do Parnit, Alex Figueiredo.

Também foram registradas imagens do gavião-carijó e do murucututu-de-barriga-amarela, espécies de aves comuns em áreas de vegetação nativa, mas que nem sempre são vistas pelos visitantes do parque.

A coordenadora do Setor de Áreas Verdes da Secretaria de Meio Ambiente, Fabiana Barros, afirma que o trabalho de monitoramento de fauna que vem sendo realizado pela equipe do parque, em parceria com voluntários, é de grande valia para o conhecimento e desenvolvimento de futuras ações de proteção à fauna local.

“Os resultados têm demonstrado que o ecossistema florestal encontrado do Parnit é um ambiente favorável ao estabelecimento de espécies que não eram mais avistadas no município. A ideia é replicar esse projeto em outros parques municipais de modo a expandir mais ainda nosso conhecimento sobre o tema”, disse Fabiana.

Niterói Sustentável – A Prefeitura de Niterói vem investindo em reflorestamento, tanto nos parques como em áreas urbanas. Nos últimos anos, o Parque da Cidade, sede do Parnit, recebeu mudas de Palmeira Juçara, Ipê, Jequitibás e outras espécies de vegetação de Mata Atlântica, que desempenham um papel importante na revegetação.

A cidade conta com 53% de áreas verdes, e está realizando um diagnóstico em um de seus principais parques, o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit), para ampliação de manejo e gestão. O Programa Niterói Mais Verde criou 22,5 milhões de metros quadrados de áreas protegidas no município, divididas em mosaicos. Um deles é o Parnit, que abrange áreas da Zona Sul, Região Oceânica e da Baía de Guanabara.

Com sede no Parque da Cidade, o Parnit tem uma extensão de 16,3 milhões de metros quadrados e abrange o Morro da Viração, pedras do Índio e de Itapuca, praia do Sossego, ilhas na Baía de Guanabara (Boa Viagem, Cardos, Amores), ilhas na Costa Oceânica (Duas Irmãs e Veado), cavernas litorâneas situadas nas encostas embaixo do MAC (Museu de Arte Contemporânea), entorno da Lagoa de Piratininga (incluindo as ilhas do Pontal e do Modesto), entre outras.

Crédito das fotos: Reprodução de imagens de vídeo

Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador ganha parque naturalizado para crianças pequenas

Equipamento conta com brinquedos construídos com materiais da natureza e integra ações para primeira infância no município

A Prefeitura de Niterói inaugurou, no dia 13 de maio,  mais um parque naturalizado, desta vez dentro do Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador, localizado na Zona Norte. O novo equipamento é um espaço desenhado a partir das características do terreno, com brinquedos construídos com elementos naturais que incentivam crianças a partir dos 3 anos a brincarem ao ar livre, além da convivência e o vínculo com a natureza.

A instalação de parques com essas características é executada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMARHS) e por outros órgãos da administração municipal e integra o conjunto de ações voltadas para a primeira infância, desenvolvidas na cidade desde 2020. 

Este será o terceiro parque naturalizado do município. O primeiro foi construído em parceria com o Instituto Alana, na Praça Flávio Palmier, no Barreto. Até 2024, a previsão é que a cidade tenha 15 espaços do tipo, em regiões mapeadas com base em áreas de vulnerabilidade social, reservas ambientais, infraestruturas urbanas e equipamentos públicos, como postos de saúde e Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEIs).  

Maria Carolina Campos é engenheira ambiental da SMARHS e acompanhou todas as etapas do planejamento.

“O projeto prevê a divisão do parque em zonas de brincar para crianças de idades variadas, onde cada zona oferece diferentes interações, estímulos e complexidades. O Parque Floresta do Baldeador tem grande potencial para essas iniciativas, que em breve serão ampliadas para outros parques geridos pela Secretaria de Meio Ambiente”, explica.

A estruturação do parque naturalizado será desenvolvida a partir de oficinas de construção de brinquedos com a participação de estudantes da rede municipal de ensino. A primeira vai acontecer nesta quarta-feira (10), com alunos da Escola Municipal João Brasil. A segunda será com a Escola Municipal Governador Roberto Silveira, na quinta-feira (11). A inauguração do equipamento, no sábado, será aberta ao público, das 9h às 12h, com várias atividades infantis como contação de histórias, brincadeiras ao ar livre e apresentação de talentos. O Parque Floresta do Baldeador fica na Estrada Bento Pestana, nº 947, bairro Baldeador.

Primeira Infância – Em 2020, o município passou a integrar a rede Urban95, iniciativa internacional da Fundação Bernard Van Leer, que pretende formar uma rede brasileira pela primeira infância, com o objetivo de incluir os pequenos cidadãos nas tomadas de decisão do planejamento urbano e na construção de estratégias para melhorias da cidade.

Atualmente, 24 cidades brasileiras fazem parte da iniciativa. Desde o início da adesão, estão sendo desenvolvidos cerca de 14 projetos em Niterói, entre eles as rotas caminháveis e o pé de infância, primeiros dos projetos realizados através da parceria.

Em 2023 foram desenvolvidas importantes ações no município, principalmente nas comunidades, como o projeto de amamentação voltado para o espaço público, que está sendo realizado em Salinas. O projeto está sendo desenvolvido a partir do Proximity of Care, metodologia desenvolvida pela Arup em parceria com a Fundação Bernard Ven Leer para o planejamento e a execução de intervenções urbanas em contextos de maior vulnerabilidade. 

Outro destaque em 2023 foi a Inauguração da Praça ReCriar nas comunidades de São José e Igrejinha, na Zona Norte. A praça é uma homenagem às quatro crianças que perderam a vida na tragédia das chuvas de 2010.

Crédito das fotos: Arquivo Secretaria de Meio Ambiente

Niterói recebe selo de “Cidade Amiga das Árvores”

Niterói se tornou o segundo município brasileiro a receber o selo “Cidade Amiga das Árvores” oferecido pela Sociedade Brasileira de Arborização (SBAU). A cidade ganhou o prêmio por se destacar nos fundamentos das ações que a entidade ambiental preconiza para seus projetos de inclusão e reinclusão das árvores nas cidades. Desta forma, Niterói está contribuindo para avançar a arboricultura brasileira. A primeira cidade a receber o selo foi Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

O prefeito de Niterói, Axel Grael, celebrou a conquista e explicou a importância desse trabalho ambiental na cidade.

“Esse selo é o reconhecimento de um trabalho intenso que estamos realizando em Niterói. Entendemos que, dentro do perímetro urbano, as árvores e áreas verdes oferecem espaços de lazer e convivência e contribuem para manter as temperaturas mais amenas. Além do mais, a atividade de plantio de árvores incentiva grupos de pessoas a se unirem e compartilharem eventos, melhorando a qualidade de vida das comunidades. Estamos muito felizes com o reconhecimento dessa entidade ambiental”, destacou o prefeito.  

Segundo a entidade, Niterói tem procurado proporcionar aos cidadãos inúmeros benefícios relacionados à estabilidade do climática, ao conforto ambiental, melhoria da qualidade do ar e de vida de sua população, influenciando na saúde física e mental.

Além disso, de acordo com a SBAU, Niterói tem agido na redução da poluição sonora, visual e ainda auxiliando na conservação do ambiente, considerando componentes bióticos mais importantes da cidade relacionados a aspectos ecológicos, estéticos e sociais.

O selo colocou Niterói entre as cidades de destaque mundial pelo plantio e cuidado com as árvores. Foi um reconhecimento não apenas pela quantidade de árvores, mas também pelo planejamento, gestão e cuidado das florestas urbanas.

“É com muito orgulho que recebemos esse selo. É fruto de um trabalho de longos anos. Temos um cuidado todo especial com nossas árvores. Fazemos podas e plantios diariamente. Recuperamos árvores, realizamos descupinização e aplicamos produtos para evitar pragas. Temos cuidado até na hora das supressões que só são feitas mediante laudos técnicos elaborados por especialistas. Esse prêmio é um reconhecimento, disse a secretária de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa.

O secretário de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, Rafael Robertson, reitera que a cidade pensa em sustentabilidade e na implantação de políticas públicas ambientais a curto, médio e longo prazo. Com mais de 50% do seu território composto por áreas protegidas, Niterói possui 10 Unidades de Conservação (UC) e uma em fase de criação. Algumas delas são bastante consolidadas, como o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) e o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), outras estão em fase de estruturação, como o Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador e o Parque Natural Municipal Morro do Morcego, e ainda existem as que são desconhecidas pelos niteroienses e visitantes.

“Niterói sempre esteve na vanguarda como cidade que investe permanentemente no aumento da cobertura vegetal tanto nas áreas urbanas como nas unidades de conservação. A Secretaria de Meio Ambiente contribui ao priorizar nas medidas de compensação ambiental o plantio de mudas nativas nas áreas urbanas e também para o reflorestamento de morros e encostas. Além disso, atuamos com o plantio de espécies nativas e o lançamento de sementes no Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT), dentro do projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social. Receber este selo mostra que o reconhecimento das iniciativas do poder público municipal em tornar Niterói uma cidade cada vez mais verde e sustentável”, afirmou o secretário.

Prêmio internacional – Niterói já havia recebido no ano passado o selo de “Cidade Árvore do Mundo”, concedido pelo programa Tree Cities of The World, administrado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Arbor Day Foundation.

Prefeitura de Niterói vai lançar Passaporte Ecológico

Visitantes poderão carimbar memórias e experiências vividas nas unidades de conservação da cidade

Com mais de 50% do seu território composto por áreas protegidas, Niterói possui 10 Unidades de Conservação (UC) e uma em fase de criação. Algumas delas são bastante consolidadas, como o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) e o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), outras estão em fase de estruturação, como o Parque Natural Municipal Floresta do Baldeador e o Parque Natural Municipal Morro do Morcego, e ainda existem as que são desconhecidas pelos niteroienses e visitantes.

Com o intuito de divulgar suas áreas protegidas e estimular o uso consciente desses locais, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) está elaborando o Passaporte das Unidades de Conservação de Niterói.

O passaporte é uma ferramenta interativa e didática de conscientização, com foco em expor a importância das unidades de conservação para a proteção da biogeodiversidade e qualidade de vida.

Com o passaporte em mãos, os visitantes podem conhecer belíssimas paisagens inseridas no meio urbano e carimbar memórias e experiências vividas nesses locais.

As Unidades de Conservação são definidas como espaços territoriais protegidos por lei, com características naturais relevantes e limites definidos, instituídos pelo Poder Público com o objetivo de conservação. Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei Federal Nº 9.985/2000), essas áreas podem ser classificadas como de proteção integral, quando o objetivo é a preservação da natureza e são permitidos apenas usos indiretos; ou de uso sustentável, quando estão autorização certos tipos de uso e ocupação.

A criação de uma UC tem como objetivo a proteção da fauna e da flora, contribuindo com a manutenção da biodiversidade e a restauração de ecossistemas. Além disso, promover o desenvolvimento sustentável, proteger paisagens naturais, incentivar atividades de pesquisa científica e apoiar o turismo ecológico e atividades em contato com a natureza são outras premissas alinhadas aos objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.

“A consolidação dos novos percursos e o manejo permanente dos caminhos reforça o potencial da cidade para o ecoturismo. Por isso também estamos atualizando o Guia de Trilhas, uma importante publicação que é referência tanto para os niteroienses como para visitantes que percorrem as trilhas da cidade”, explica Fabiana Barros, diretora do setor de Áreas Verdes da SMARHS.

Prefeitura de Niterói restaura vegetação da Ilha da Menina, em Itaipu

Intervenções integram projeto que também recupera restingas, manguezais e áreas de Mata Atlântica no município, num total de 203,1 hectares

Um pequeno pedaço de paraíso em Niterói, que sofreu com a ação do tempo e a degradação do homem, a Ilha da Menina, em Itaipu, na Região Oceânica, começou a ter o seu ecossistema reconstruído.

A intervenção – que inclui o plantio experimental de mudas nativas, escolhidas por especialistas para aquela área, está sendo realizada pela Prefeitura de Niterói, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade.

A ação faz parte do Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social, executado pelo órgão em diversas áreas do município, e integra o maior projeto de revegetação já realizado na cidade.

Foto: Lucas Benevides

O prefeito Axel Grael destaca que a política de áreas verdes, adotada pela gestão, tem alcançado “um grande destaque internacional”, por causa da criação de áreas protegidas, que ocupam “mais da metade do território” do município:

“O trabalho de recuperação de ecossistemas, com ações de reflorestamento, a renaturalização do Rio Jacaré e a implantação do Parque Orla de Piratininga, entre outros. A revegetação da Ilha da Menina integra o trabalho que a Prefeitura vem desenvolvendo para fazer da cidade uma referência de políticas de sustentabilidade e resiliência climática”.

Restaurar a vegetação da ilha, que fica a cerca de um quilômetro da Praia de Itaipu, exige uma logística complexa para o deslocamento em barco e bote das mudas e ferramentas para o plantio.

Além dos técnicos, o trabalho envolve ainda um grupo de voluntários e representantes do Peset (Parque Estadual da Serra da Tiririca), da Resex (Reserva Extrativista de Itaipu), do Departamento de Biologia da PUC (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e do grupo de canoa havaiana Vou de Canoa. A ação teve início na última sexta-feira (16).

Foto: Lucas Benevides

Antes da intervenção prática, foi realizado um diagnóstico detalhado sobre a formação vegetal, tipo de solo, fauna, presença de água doce e profundidade associados à topografia. Após o levantamento, teve início a elaboração do planejamento para as incursões, visando o plantio, manutenção e monitoramento de plantas nativas e invasoras.

Para o secretário Municipal de Meio Ambiente, Rafael Robertson, o que vem sendo feito “é a maior restauração ecológica já realizada” pela cidade. Ele quer transmitir o legado a futuras gerações:

“É um trabalho feito em todas as regiões, por técnicos, com a ajuda de voluntários. Vamos avançar nas nossas metas, protegendo cada vez mais áreas verdes de Niterói”.

O subsecretário de Sustentabilidade e coordenador do Projeto de Restauração Ecológica, Allan Cruz, explica que essa primeira intervenção será experimental, com o plantio de 80 mudas e posterior acompanhamento do desenvolvimento das plantas para avaliar se a estratégia funcionou. Neste primeiro trabalho, serão plantadas mudas das espécies nativas: Aroeira (Schinus terebinthifoliu), Capororoca (Myrsine umbellata), Colo de Pescoço (Sophora tomentosa) e Araçá da Praia (Psidium cattleianum).

“Nossa expectativa é que o experimento seja bem-sucedido para que, mais à frente, possamos ter um cronograma regular de plantio na ilha. Estamos muito entusiasmados em avançar com o projeto de restauração. É um trabalho muito aguardado por todos os que estão envolvidos, porque é uma iniciativa inédita em Niterói”, afirma Cruz.

O professor e especialista em revegetação e restauração ecológica do Departamento de Biologia da PUC, Richieri Sartori, participa desta fase do projeto na Ilha Menina. Ele é responsável por trabalho semelhante, que vem sendo realizado nas Cagarras, no Rio.

Sartori explica que, no levantamento realizado na ilha niteroiense, verificou-se uma presença maciça de capim colonião. Essa espécie invasora dificulta a restauração com plantio manual de vegetação nativa:

“Optamos por plantar espécies de crescimento rápido para acelerarmos a cobertura da área e controlar a dominância atual do capim colonião. A única forma de retirar o capim colonião é cobrindo a área”.

O plantio de espécies nativas também contemplará áreas no entorno da Lagoa de Itaipu e manguezais.

O Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social teve início em 2019, com investimento de R$ 2,9 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O objetivo do programa é recuperar um total de 203,1 hectares de diferentes fitofisionomias da Mata Atlântica. Está sendo executado nas praias de Camboinhas, Itacoatiara, Itaipu e Charitas, além do entorno da Lagoa de Itaipu e no Parque Natural Municipal de Niterói.

Foto: Lucas Benevides

Foto Capa: Lucas Benevides

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