Month: outubro 2022

Seminário reúne especialistas em Restauração Ecológica

Especialistas em restauração ecológica se reuniram no dia 21 de outubro para participar do primeiro seminário promovido pela Secretaria de Meio Ambiente de Niterói, que desenvolve no município o Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social desde 2019. 

O projeto niteroiense, que foi apresentado pelo subsecretário de Sustentabilidade, Allan Cruz,  é desenvolvido com investimento de R$ 2,9 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Tem como meta recuperar um total de 203,1 hectares de áreas essenciais para os ecossistemas em torno da Mata Atlântica no município.

Está em execução nas restingas de Camboinhas e Itacoatiara. Também vai reflorestar com espécies nativas as ilhas Pai, Mãe e Menina, localizadas a cerca de 2 quilômetros da Praia de Itaipu e que integram o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), além do entorno da Lagoa de Itaipu e manguezais.

O professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Luiz Zamith, palestrou sobre o conceito e a prática da restauração ecológica. Em seguida, o professor Luiz Fernando Moraes, que atua na Embrapa e na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), falou sobre monitoramento em projetos. 

A restauração ecológica realizada nas Ilhas Cagarras Richieri Sartori, da PUC-Rio, foi uma das palestras mais aguardadas pelos estudantes e técnicos que participaram do seminário. O professor, que é um dos parceiros no projeto de Niterói, mostrou com detalhes os desafios, o que já se sabe e as perspectivas futuras para a restauração ecológica em ilhas.

O evento foi encerrado com palestra Alex Figueiredo, diretor de Uso Público do Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT), que fez uma palestra sobre as ações de restauração que estão em andamento no parque e as dificuldades encontradas, contextualizando com a história de ocupação da unidade de conservação.

Fotos: Secretaria de Meio Ambiente

Feira no Engenho do Mato marca inauguração do Circuito Municipal de Feiras Agroecológicas

A inauguração do Circuito de Feiras Agroecológicas de Niterói Ricardo Nery, no dia 5 de novembro, no Parque Rural do Engenho do Mato, abriu oficialmente espaço e oportunidades para 33 produtores familiares da cidade protagonizarem o sucesso do evento. Na feira eles apresentaram o resultado de suas atividades agrárias desenvolvidas no município e receberam com entusiasmo centenas de visitantes que se envolveram numa atmosfera cultural, artística e gastronômica, propícia para o encontro entre pessoas, ideias, sabores e saberes tradicionais e a sustentabilidade.
Os produtores receberam da Coordenação de Agroecologia Urbana da Secretaria de Meio Ambiente o espaço do evento com todo o planejamento de barracas, pontos de energia elétrica, gerador, banheiros químicos, divulgação prévia de seus produtos e marcas nas mídias sociais da Prefeitura e em jornais de grande circulação; oficinas interativas sobre gastronomia agroecológica, alimentação viva e compostagem urbana; atividades infantis de contação de histórias, brinquedos e cavalgada; apresentação de slackline, campanha de adoção de cães e gatos e shows musicais.
Toda essa estrutura, sem custo algum para os produtores, representou a concretização de um dos objetivos do Programa Municipal de Agroecologia Urbana de Niterói de criar pontos de comercialização na cidade para escoamento dos produtos da agricultura familiar, da produção agroecológica e da pequena agroindústria do município, como instrumentos de fomento à Agroecologia Urbana municipal.
O evento de inauguração do Circuito de Feiras Agroecológicas de Niterói rendeu diretamente aos produtores da cidade uma média total de R$ 64 mil, demonstrando o potencial econômico do setor agrário de Niterói e a capacidade de gerar riquezas a partir de um novo modelo de produção agroalimentar sustentável, inclusivo e rentável.

Foto: Arquivo Secretaria de Meio Ambiente


A coordenadora de Agroecologia da Secretaria de Meio Ambiente, Isabella Fattori, destacou que inaugurar o Circuito de Feiras Agroecológicas Ricardo Nery significa cumprir o propósito de aproximar da população niteroiense tudo o que envolve a produção alimentar agroecológica praticada em vários pontos da cidade, por diversos agricultores e produtores familiares, mas até então muito pouco conhecida e difundida.
“Devolvemos o alimento e a sua produção para o lugar central que merecem estar: entre as atividades humanas e os encontros sociais. Despertamos o interesse político de uma pauta multidimensional que fomenta economia, cultura, turismo. Garante segurança e soberania alimentar. Reforça práticas favoráveis ao clima com a descarbonização dos processos produtivos de cadeia curta e circular. Tudo isso mantendo nosso rico patrimônio florestal cada vez mais biodiverso, ocupando a maior parte do território niteroiense de forma pulsante. Foi emocionante e revolucionário poder dar vez e voz aos protagonistas da Agroecologia de Niterói que há anos vêm acreditando que é possível realizarmos juntos políticas públicas agroalimentares efetivas e prósperas. É só o começo! Ano que vem teremos mais edições, uma a cada estação, ocupando diferentes equipamentos públicos das regiões de Niterói”, afirma Isabella.
O circuito recebeu o nome de Ricardo Nery em homenagem ao presidente do Instituto Agroecológico de Niterói (IAN), que faleceu em outubro. Durante anos, Nery foi um dos grandes entusiastas e defensor do setor agroecológico de Niterói e era parceiro da Secretaria do Meio Ambiente na implementação das políticas públicas municipais da agroecologia.
Corredores produtivos – Os produtores familiares agroecológicos desenvolvem suas atividades agrárias em sítios ou chácaras, concentrados em sua maior parte nos corredores produtivos de localidades como: Muriqui, Pendotiba, Sapê, Rio do Ouro, Chibante, Vila Romana, Alto do Muriqui, Jacaré, Várzea das Moças, Itaipu, Engenho do Mato e Tibau.
“A agroecologia tem um papel muito importante dentro deste cinturão produtivo. Muitos estão em áreas de amortecimento e reduzem o impacto ambiental negativo, prestando serviços ambientais dentro do tripé da sustentabilidade. Essas pessoas recuperam e mantêm essas áreas. Não é só no ganho de emprego e renda, elas estão próximas às áreas de proteção, mantendo as áreas verdes cada vez mais seguras”, afirma Rafael Robertson, secretário de Meio Ambiente.

Foto: Ottovay Fotografia

Foto Capa: Arquivo Secretaria de Meio Ambiente

Rolar para o topo