Year: 2022

Niterói recebe cerimônia nacional de entrega da Bandeira Azul

A Praia do Sossego, na Região Oceânica de Niterói, recebeu pela segunda vez o prêmio Bandeira Azul, que é dado às praias e marinas que se destacam, entre outras coisas, por boas práticas ambientais. Niterói, além de premiada, foi a anfitriã da cerimônia que recebeu presencialmente todos os premiados do ano. O evento foi realizado no dia 11 de novembro,  no Guarderya Beach Club, em Jurujuba e contou com as presenças de gestores de praias e marinas, secretários de Meio Ambiente e representantes de prefeituras de diversas partes do país.

Além de Niterói, outras 28 praias e 11 marinas também receberam a certificação para a temporada 2022/2023.

A implantação da infraestrutura foi fundamental para a primeira premiação da Praia do Sossego, no ano passado. Este ano, as ações de educação ambiental desenvolvidas de forma periódica pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente contribuíram ainda mais para a nova certificação.

Entre as atividades desenvolvidas estão práticas educativas abordando temas como gestão de resíduos, consumo de plástico de uso único (descartáveis) e poluição do ambiente marinho junto a estudantes das escolas da rede municipal; capacitação dos funcionários da Prefeitura de Niterói para gestão ambiental local; instalação de placas educativas com informações sobre a fauna local, com o objetivo de torná-la conhecida e sensibilizar a comunidade para a importância de sua preservação.

A Secretaria de Meio Ambiente também promoveu a divulgação, nas mídias sociais, de informações sobre a Praia do Sossego, incluindo a fauna e flora locais, e o importante papel ecológico da praia como parte do Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT), com o objetivo de torná-la conhecida e assim promover o uso sustentável para recreação e turismo.

Representando o prefeito Axel Grael, a chefe de gabinete da Prefeitura de Niterói, Mariane Thamsten, destacou que o prêmio chega em um momento em que a cidade avança  cada vez mais em ações  sustentáveis e de proteção ambiental, sendo os projetos e iniciativas reconhecidos no exterior.

“Tenho muita honra de hoje representar o prefeito neste evento pois sabemos dos esforços  empreendidos e quando o município  está levando entre outras coisas  uma mensagem muito importante durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-27), no Egito,sobre a  importância das cidades nas ações de resiliência e na luta pela mitigação das emissões de carbono. Niterói vem cumprindo o seu papel  e a praia do sossego é um exemplo  de que  é possível fazer um turismo sustentável até como forma de preservação”, observou Mariane.

Para o secretário de Meio Ambiente de Niterói, Rafael Robertson, receber novamente a Bandeira Azul, ao lado de praias de diversas regiões do Brasil, é o reconhecimento de que a Prefeitura de Niterói fez a gestão sustentável deste paraíso da cidade no último ano. Ele também destaca a importância de Niterói receber a cerimônia nacional de premiação.

“Vamos seguir investindo em melhorias de infraestrutura turística, acessibilidade, restauração ecológica e educação ambiental na Praia do Sossego. Estamos muito honrados de receber em Niterói os representantes dos municípios brasileiros que se destacaram na gestão sustentável de praias e marinas. A nossa expectativa é realizar um evento memorável, com a reunião de cidades que investem em políticas públicas nas áreas de preservação e educação ambiental e como isso deixam um legado para as futuras gerações”, afirma Robertson.

A Praia do Sossego vai renovar o selo ambiental após avaliação do Júri Internacional, realizada em setembro na sede da Foundation for Environment Education, em Copenhagen, Dinamarca. A bela faixa de areia localizada entre as praias de Piratininga e Camboinhas foi a primeira da cidade a ser premiada com a Bandeira Azul na temporada 2021/2022, após receber melhorias e obras de infraestrutura que aprimoraram a gestão do local e facilitaram o acesso de visitantes.

No Estado do Rio de Janeiro, além da Praia do Sossego, mais três praias serão certificadas com a Bandeira Azul, são elas: Praia do Peró, em Cabo Frio (renovação); Praia de Itaúna, em Saquarema (primeira temporada); e a Praia do Forno, em Búzios (primeira temporada).

 Em 2022, o Júri Internacional do Programa Bandeira Azul foi composto por representantes da FEE – Foundation for Environmental Education; UNE – United Nations Environment; UNWTO – United Nations World Tourism Organization; WHO – World Health Organization; IUCN – International Union for Conservation of Nature; EUCC – European Union for Coastal Conservation; ILS – International Lifesaving Federation; ICOMIA – International Council of Marine Industry Associations; EEA – European Environment Agency; UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization; WCA – World Cetacean Alliance e ENAT – European Network for Accessible Tourism.

Presidente do comitê do juri, Ricardo Haponiu destacou a importância  do evento ter acontecido presencialmente como forma de reforçar e incentivar ainda mais a sustentabilidade e os  esforços  constantes que todos devem ter para a preservação.

Fotos: Alex Ramos

Seminário reúne especialistas em Restauração Ecológica

Especialistas em restauração ecológica se reuniram no dia 21 de outubro para participar do primeiro seminário promovido pela Secretaria de Meio Ambiente de Niterói, que desenvolve no município o Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social desde 2019. 

O projeto niteroiense, que foi apresentado pelo subsecretário de Sustentabilidade, Allan Cruz,  é desenvolvido com investimento de R$ 2,9 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Tem como meta recuperar um total de 203,1 hectares de áreas essenciais para os ecossistemas em torno da Mata Atlântica no município.

Está em execução nas restingas de Camboinhas e Itacoatiara. Também vai reflorestar com espécies nativas as ilhas Pai, Mãe e Menina, localizadas a cerca de 2 quilômetros da Praia de Itaipu e que integram o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), além do entorno da Lagoa de Itaipu e manguezais.

O professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Luiz Zamith, palestrou sobre o conceito e a prática da restauração ecológica. Em seguida, o professor Luiz Fernando Moraes, que atua na Embrapa e na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), falou sobre monitoramento em projetos. 

A restauração ecológica realizada nas Ilhas Cagarras Richieri Sartori, da PUC-Rio, foi uma das palestras mais aguardadas pelos estudantes e técnicos que participaram do seminário. O professor, que é um dos parceiros no projeto de Niterói, mostrou com detalhes os desafios, o que já se sabe e as perspectivas futuras para a restauração ecológica em ilhas.

O evento foi encerrado com palestra Alex Figueiredo, diretor de Uso Público do Parque Natural Municipal de Niterói (PARNIT), que fez uma palestra sobre as ações de restauração que estão em andamento no parque e as dificuldades encontradas, contextualizando com a história de ocupação da unidade de conservação.

Fotos: Secretaria de Meio Ambiente

Feira no Engenho do Mato marca inauguração do Circuito Municipal de Feiras Agroecológicas

A inauguração do Circuito de Feiras Agroecológicas de Niterói Ricardo Nery, no dia 5 de novembro, no Parque Rural do Engenho do Mato, abriu oficialmente espaço e oportunidades para 33 produtores familiares da cidade protagonizarem o sucesso do evento. Na feira eles apresentaram o resultado de suas atividades agrárias desenvolvidas no município e receberam com entusiasmo centenas de visitantes que se envolveram numa atmosfera cultural, artística e gastronômica, propícia para o encontro entre pessoas, ideias, sabores e saberes tradicionais e a sustentabilidade.
Os produtores receberam da Coordenação de Agroecologia Urbana da Secretaria de Meio Ambiente o espaço do evento com todo o planejamento de barracas, pontos de energia elétrica, gerador, banheiros químicos, divulgação prévia de seus produtos e marcas nas mídias sociais da Prefeitura e em jornais de grande circulação; oficinas interativas sobre gastronomia agroecológica, alimentação viva e compostagem urbana; atividades infantis de contação de histórias, brinquedos e cavalgada; apresentação de slackline, campanha de adoção de cães e gatos e shows musicais.
Toda essa estrutura, sem custo algum para os produtores, representou a concretização de um dos objetivos do Programa Municipal de Agroecologia Urbana de Niterói de criar pontos de comercialização na cidade para escoamento dos produtos da agricultura familiar, da produção agroecológica e da pequena agroindústria do município, como instrumentos de fomento à Agroecologia Urbana municipal.
O evento de inauguração do Circuito de Feiras Agroecológicas de Niterói rendeu diretamente aos produtores da cidade uma média total de R$ 64 mil, demonstrando o potencial econômico do setor agrário de Niterói e a capacidade de gerar riquezas a partir de um novo modelo de produção agroalimentar sustentável, inclusivo e rentável.

Foto: Arquivo Secretaria de Meio Ambiente


A coordenadora de Agroecologia da Secretaria de Meio Ambiente, Isabella Fattori, destacou que inaugurar o Circuito de Feiras Agroecológicas Ricardo Nery significa cumprir o propósito de aproximar da população niteroiense tudo o que envolve a produção alimentar agroecológica praticada em vários pontos da cidade, por diversos agricultores e produtores familiares, mas até então muito pouco conhecida e difundida.
“Devolvemos o alimento e a sua produção para o lugar central que merecem estar: entre as atividades humanas e os encontros sociais. Despertamos o interesse político de uma pauta multidimensional que fomenta economia, cultura, turismo. Garante segurança e soberania alimentar. Reforça práticas favoráveis ao clima com a descarbonização dos processos produtivos de cadeia curta e circular. Tudo isso mantendo nosso rico patrimônio florestal cada vez mais biodiverso, ocupando a maior parte do território niteroiense de forma pulsante. Foi emocionante e revolucionário poder dar vez e voz aos protagonistas da Agroecologia de Niterói que há anos vêm acreditando que é possível realizarmos juntos políticas públicas agroalimentares efetivas e prósperas. É só o começo! Ano que vem teremos mais edições, uma a cada estação, ocupando diferentes equipamentos públicos das regiões de Niterói”, afirma Isabella.
O circuito recebeu o nome de Ricardo Nery em homenagem ao presidente do Instituto Agroecológico de Niterói (IAN), que faleceu em outubro. Durante anos, Nery foi um dos grandes entusiastas e defensor do setor agroecológico de Niterói e era parceiro da Secretaria do Meio Ambiente na implementação das políticas públicas municipais da agroecologia.
Corredores produtivos – Os produtores familiares agroecológicos desenvolvem suas atividades agrárias em sítios ou chácaras, concentrados em sua maior parte nos corredores produtivos de localidades como: Muriqui, Pendotiba, Sapê, Rio do Ouro, Chibante, Vila Romana, Alto do Muriqui, Jacaré, Várzea das Moças, Itaipu, Engenho do Mato e Tibau.
“A agroecologia tem um papel muito importante dentro deste cinturão produtivo. Muitos estão em áreas de amortecimento e reduzem o impacto ambiental negativo, prestando serviços ambientais dentro do tripé da sustentabilidade. Essas pessoas recuperam e mantêm essas áreas. Não é só no ganho de emprego e renda, elas estão próximas às áreas de proteção, mantendo as áreas verdes cada vez mais seguras”, afirma Rafael Robertson, secretário de Meio Ambiente.

Foto: Ottovay Fotografia

Foto Capa: Arquivo Secretaria de Meio Ambiente

Itacoatiara Big Wave é o primeiro evento neutro em carbono de Niterói

Surfistas de ondas grandes plantaram 100 mudas de restinga na área do Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social da Secretaria do Meio Ambiente para compensar emissões da competição

O Itacoatiara Big Wave (IBW), competição de surfe de ondas grandes realizada na Praia de Itacoatiara até o dia 31 de agosto, tornou-se nesta quinta-feira (18) o primeiro evento neutro em carbono de Niterói. A conquista aconteceu graças ao plantio de 100 mudas nativas dentro da área do Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social, desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente de Niterói na restinga da praia da Região Oceânica.

Três surfistas que estão competindo no IBW participaram da ação. Foram plantadas mudas de aroeira, ora-pro-nobis, quixabeira, pitanga, feijão de boi, entre outras espécies. A atividade, que também contou com a presença dos voluntários que atuam no projeto, foi uma parceria entre a organização do evento e as secretarias municipais de Meio Ambiente e do Clima.

Daniel Rodrigues, 32 anos, aprendeu a surfar nas ondas de Itacoatiara e hoje é um dos nomes de destaque na categoria de ondas grandes, estando entre os atletas mais bem posicionados no IBW. Ele já rodou o mundo surfando, mas é aqui que considera sua casa e se sentiu honrado em participar da ação de plantio.

“Viajei por muitos países, mas amo esse lugar e acabei voltando para morar em Niterói. Para mim é muito importante participar deste evento em prol da preservação da nossa praia para deixar como exemplo para as próximas gerações de que aqui em Itacoatiara a gente surfa, mas também preserva, a gente cuida porque amamos esse lugar. Vou estar sempre aqui com outros surfistas também para reduzir o lixo na praia e diminuir a poluição sonora. Queremos que todos vejam a relação dos surfistas com a natureza. Como estamos sempre no mar, temos que dar o exemplo”, afirmou Daniel.

Kalani Lattanzi, 28 anos, apesar de ter nascido no Havaí, veio morar em Niterói ainda criança e foi no canal de Itaipu que aprendeu a surfar. Depois que deixou de ser iniciante, na Praia de Itacoatiara o surfista iniciou sua carreira. Para ele, plantar mudas na restinga foi um grande prazer.

“É muito gratificante poder contribuir para a preservação da natureza no nosso quintal, nosso parque de diversões. É uma alegria e estou muito honrado de estar ao lado dessa galera do bem para cuidar da restinga”, disse.

O caçula do trio de surfistas que participou do plantio foi Guilherme Hilel, 21 anos. Morador de Macaé, ele veio para Niterói para competir no IBW.

“Vim para Niterói para estar presente durante toda a janela, nos treinos e nos dias de competição. É um prazer participar do plantio. Como surfistas estamos sempre à mercê da natureza, então ajudar é muito gratificante e nosso dever. Essa atividade na restinga é o exemplo de que o Itacoatiara Big Wave é muito mais do que um campeonato de surf porque mostra que estamos preocupados realmente em compensar as emissões de carbono do evento”, afirmou.

O plantio das mudas feito pelos surfistas com a ajuda dos voluntários se concentrou em três áreas da restinga. Para o subsecretário de Sustentabilidade da Secretaria de Meio Ambiente de Niterói, Allan Cruz, as parcerias são sempre bem-vindas no Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social.

“As atividades de plantio na restinga de forma conjunta são uma forma especial de conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação dessas espécies. Essas parcerias contribuem com o nosso trabalho. Fomos procurados pela organização da competição, que considerou importante fazer o plantio de mudas com a participação dos atletas, e nós abraçamos a iniciativa”, explicou Cruz.

Alexey Wanick, organizador do Itacoatiara Big Wave, exaltou a parceria com a Prefeitura de Niterói.

“Decidimos fazer o plantio de mudas de vegetação nativa como forma de compensação ambiental das emissões de carbono da competição. A parceria com as secretarias do Meio Ambiente e do Clima foram importantes para alcançarmos este objetivo”, afirmou Wanick.

Restauração- O projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social é desenvolvido com investimento de R$ 2,9 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Tem como meta recuperar um total de 203,1 hectares de áreas essenciais para os ecossistemas em torno da Mata Atlântica no município.

Está em execução nas restingas de Camboinhas e Itacoatiara. Também vai reflorestar com espécies nativas as ilhas Pai, Mãe e Menina, localizadas a cerca de 2 quilômetros da Praia de Itaipu e que integram o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), além do entorno da Lagoa de Itaipu e manguezais.

Paralelamente à restauração das restingas, o projeto também contempla o reflorestamento do entorno e vales centrais do Parque da Cidade, sede do Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit), com o lançamento de sementes de palmeira juçara e plantio de mudas da espécie.

Fotos: Lucas Benevides

Prefeitura de Niterói adere à programa da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P)

Objetivo é conscientizar e envolver servidores municipais para a gestão sustentável dos recursos e contra o desperdício

Criar uma cultura de responsabilidade socioambiental na administração municipal. Esse é o compromisso que a Prefeitura de Niterói assumiu ao aderir voluntariamente ao Programa da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), do Ministério do Meio Ambiente. A cidade agora está certificada junto ao governo federal para desenvolver projetos que irão promover a conscientização contra o desperdício e a utilização coerente dos recursos naturais e dos bens públicos junto aos servidores de todos os órgãos da administração direta e indireta.

A A3P é estruturada em seis eixos temáticos prioritários, que são o uso racional dos recursos naturais e bens públicos, gestão adequada dos resíduos gerados, qualidade de vida no ambiente de trabalho, compras públicas sustentáveis, construções sustentáveis e sensibilização e capacitação dos servidores. Esses eixos têm como fundamento a política dos 5 R’s: repensar, reduzir, reaproveitar, reciclar e recusar o consumo de produtos que gerem impactos socioambientais negativos significativos.

O Certificado de Adesão à A3P foi recebido pela prefeitura no final de julho. O próximo passo será a criação da Comissão Gestora da Agenda, que contará com dois representantes de cada órgão municipal. Esse grupo fará o diagnóstico socioambiental e irá elaborar o plano de gestão.

O Termo de Adesão ao programa possui duração de 5 anos. Durante a vigência, o Ministério do Meio Ambiente acompanha as ações implementadas pelo órgão parceiro, prestando o assessoramento técnico necessário para que o município atinja os objetivos pactuados em plano de trabalho.

“A partir de agora, o nosso objetivo será estimular a reflexão e a mudança de atitude dos servidores para que incorporem os critérios para gestão socioambiental em suas atividades rotineiras. Trata-se de uma iniciativa que demanda o engajamento individual e coletivo, a partir do comprometimento pessoal e da disposição para a incorporação dos conceitos preconizados pela A3P para a mudança de hábitos e melhoria da cultura institucional. Participar desta agenda é uma conquista muito importante para o nosso município, o que vai proporcionar um trabalho efetivo em busca do desenvolvimento sustentável, garantindo melhor qualidade de vida”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Rafael Robertson.

Ações previstas – O levantamento e acompanhamento do consumo de papel usado para impressão e cópias é uma das iniciativas previstas na implantação da A3P na gestão municipal.

Também serão adotadas medidas que visam promover a economia e o uso racional da energia elétrica nas edificações públicas, além do diagnóstico da situação das instalações elétricas para propor as alterações necessárias para redução do consumo e aproveitamento das condições naturais do ambiente de trabalho (ventilação, luz solar).

A A3P contempla ainda o consumo de água e de materiais plásticos, como copos; a gestão e descarte adequado dos resíduos e reciclagem; sensibilização e capacitação; implantação de programas de qualidade de vida, saúde e segurança no trabalho; licitações sustentáveis – propor que preferencialmente sejam realizadas aquisições de bens e materiais; contratações de serviços e obras ambientalmente sustentáveis como, por exemplo, a compra de impressoras que imprimam em frente e verso.

Crédito da foto: Luciana Carneiro

Circuito de mutirões de limpeza irá promover conscientização ambiental em todas as praias de Niterói

O calendário ambiental de Niterói ganhará um circuito de limpeza permanente que contemplará todas as praias do município. A iniciativa foi anunciada pela Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMARHS) durante a ação ambiental realizada no dia 7 maio, que contou com limpeza e plantio de espécies de restinga na Praia de Itacoatiara, na Região Oceânica.

A atividade foi uma espécie de piloto para a implantação do circuito, de acordo com o secretário Rafael Robertson. Ele ressaltou ainda a importância de a cidade ter um calendário de mutirões divulgado permanentemente para que a população tenha conhecimento e possa participar.

“Em abril tivemos a limpeza da Praia do Sossego e no sábado a limpeza e plantio em Itacoatiara. Foram ações pontuais importantes no processo de elaboração do circuito permanente de mutirões, porque nos permitiram avaliar o impacto local e a forma como o trabalho deverá ser desenvolvido quando o circuito estiver efetivamente implantado”, explicou o secretário.

Robertson destacou ainda que um dos principais objetivos do calendário de mutirões será incentivar a participação e conscientização ambiental, especialmente das crianças.

“Nossa ideia é fazer uma ampla divulgação nos bairros onde estão localizadas as praias para que tenhamos participação maciça dos alunos das escolas locais, por exemplo. As crianças são naturalmente multiplicadoras, por isso é importante envolvê-las nas ações de conscientização e educação ambiental”, afirmou.

Itacoatiara – A praia oceânica recebeu neste sábado voluntários que participaram do plantio de mudas de restinga orientados pela equipe que trabalha no Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social, desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente com financiamento do BNDES.

Itacoatiara é uma das áreas na qual o projeto vem sendo desenvolvido, assim como Camboinhas, Itaipu e Charitas, além do entorno da Lagoa de Itaipu e no Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit). Em breve a restauração ecológica será iniciada na Ilha Menina.

Também houve limpeza na restinga e na areia da praia. Além da equipe do Projeto de Restauração Ecológica e Inclusão Social, a ação ambiental contou com a participação de voluntários da organização não-governamental Canal Novo Mundo e dos escoteiros do mar de Itaipu, além de representantes das secretarias do Clima e Executiva, do Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), da Amadarcy e moradores.

Foto Destaque por Mariana Coutinho

Implantação e manejo de trilhas fazem de Niterói referência em ecoturismo

Com 45 trilhas mapeadas e sinalizadas, Niterói é o único município fora da capital com destaque no aplicativo Passaporte de Trilhas, uma plataforma que permite aos caminhantes encontrarem as trilhas que já estão sinalizadas em todo o Brasil. A cidade avança cada vez mais no manejo de suas trilhas e construção de novos mirantes, já sendo referência em ecoturismo. Além da gestão pública dos espaços, sob responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente Recursos Hídricos e Sustentabilidade, o município conta com a ajuda de quase 300 voluntários, que são uma espécie de guardiões das florestas.

“Nossa cidade se manterá atenta e atuante para aproveitar as oportunidades inseridas neste eixo do turismo, um dos pilares de nossa estratégia para impulsionar e consolidar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em muitos países, as unidades de conservação são reconhecidas como um patrimônio, um potencial a ser utilizado de forma sustentável em benefício da população. No Brasil, ao contrário, estas áreas ainda são encaradas como sinônimos de gastos de recursos públicos. Como vice-presidente de ODS da Frente Nacional de Prefeitos, tenho me empenhado em incentivar outros municípios a investir em ações que busquem a geração de emprego e renda com preservação do meio ambiente e mitigação da emissão de gases do efeito estufa. Trata-se de um caminho sem volta. Ou trilhamos o caminho da sustentabilidade ou, simplesmente, não teremos caminho”, destaca o prefeito Axel Grael.

O Município trabalha também na produção de um novo Guia de Trilhas, que deverá ser lançado no próximo ano e está sendo elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade. A atualização da publicação, lançada em dezembro de 2020, será necessária porque o município hoje conta com novas trilhas e, nas já existentes, foram incluídos novos atrativos, como mirantes.

“A consolidação dos novos percursos e o manejo permanente dos caminhos reforça o potencial da cidade para o ecoturismo. A atualização do Guia de Trilhas é importante porque a publicação é uma referência tanto para os niteroienses como para visitantes que percorrem as trilhas da cidade”, explica Fabiana Barros, diretora do setor de Áreas Verdes da Secretaria de Meio Ambiente.

A segunda edição do guia contará com trilhas abertas nos dois novos parques naturais municipais criados pela Prefeitura de Niterói: Água Escondida e Floresta do Baldeador. Também será incluída uma trilha na Área de Proteção Ambiental (APA) do Morro do Gragoatá.

No Parque da Água Escondida, que já possui uma trilha interpretativa sinalizada (instrumento de educação ambiental, focada em estimular o entendimento dos visitantes sobre a importância do meio ambiente), será incluído um novo trajeto, que levará o visitante para contemplar uma belíssima vista panorâmica do alto do Morro Boa Vista.

A Prefeitura de Niterói está realizando oficinas participativas para a elaboração do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal da Água Escondida. O objetivo é apresentar o material elaborado pelos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente e discutir de forma participativa os elementos que irão constituir o principal documento da unidade de conservação.

Com 62 hectares, o Parque é a maior área protegida da região central da cidade, abrangendo parte dos bairros de Fátima, São Lourenço, Cubango, Fonseca e Pé Pequeno. A sede será construída na Rua Andrade Pinto, no Bairro de Fátima.

Já no Parque Floresta do Baldeador, a equipe técnica está contando com o auxílio de moradores da região para abrir novas trilhas, definir os melhores trajetos e mapear pontos prioritários para sinalização.

O trabalho de Niterói no manejo de trilhas será apresentado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, gestora das unidades de conservação municipais, no final de maio, do 1º Congresso Brasileiro de Trilhas, em Goiânia, organizado pela Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso. Serão abordados temas como a implantação de unidades de conservação por meio de trilhas ecológicas e o papel dos municípios na consolidação das trilhas de longo curso. Em 2023, a segunda edição do evento acontecerá em Niterói.

“Nos últimos anos, a gestão municipal resgatou várias trilhas, algumas com importância histórica porque foram usadas no passado como caminhos para indígenas e tropeiros, como a que leva até a Ponte de Pedra. Quando o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit) foi criado, existiam apenas cinco trilhas em uso regular. Atualmente, graças ao trabalho da prefeitura e dos voluntários, tivemos um crescimento exponencial do número de percursos, fazendo de Niterói uma referência no manejo de trilhas dentro das unidades de conservação. O nosso Guia de Trilhas é conhecido em todo o país e participar de um evento nacional sobre trilhas e sediar este evento ano que vem, reforça ainda mais a vocação do município para o ecoturismo”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Rafael Robertson.

Mirantes – Um exemplo de manejo de trilha aconteceu no Morro Santo Inácio. O diretor de Uso Público do Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit), Alex Figueiredo, e um grupo de voluntários trabalharam abrindo um aceiro (faixa onde a vegetação é eliminada com a finalidade de, no caso de queimadas, evitar que o fogo atinja a mata). Foi feito também plantio de espécies da Mata Atlântica. A trilha tem 2,5 quilômetros e o percurso para os caminhantes pode ser feito em cerca de 1h30. A trilha, que também é sinalizada, pode ser acessada pelo Parque da Cidade.

Os voluntários têm sido fundamentais no trabalho nas trilhas novas e na descoberta e demarcação de mirantes nos percursos já existentes, que presenteiam os niteroienses com novos ângulos da paisagem da cidade. Eles contribuíram para a descoberta do mirante Alfredo Sirkis (que estará na segunda edição do Guia de Trilhas). Outros mirantes demarcados em trilhas já existentes foram o da Tapera e do alto do Morro da Boa Vista (no Parque Água Escondida). Estão em fase de demarcação os mirantes Ybitu, com acesso pela Rua Cem, na Fazendinha, e Tamoios e Aimberê, localizados na travessia Tupinambá.

“Esses mirantes demarcados nas trilhas estão em afloramento rochoso, por isso são áreas mais utilizadas por já terem uma estrutura natural. Conforme vamos fazendo o manejo das trilhas, vamos achando esses pontos. Para transformá-los em mirantes fazemos retirada dos resíduos vegetais que obstruem o local, colocação de setas de sinalização, instalação de totens e drenagem”, explica Alex Figueiredo.

Crédito da foto: Assessoria de Comunicação

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