Agroecologia Urbana

Feira no Engenho do Mato marca inauguração do Circuito Municipal de Feiras Agroecológicas

A inauguração do Circuito de Feiras Agroecológicas de Niterói Ricardo Nery, no dia 5 de novembro, no Parque Rural do Engenho do Mato, abriu oficialmente espaço e oportunidades para 33 produtores familiares da cidade protagonizarem o sucesso do evento. Na feira eles apresentaram o resultado de suas atividades agrárias desenvolvidas no município e receberam com entusiasmo centenas de visitantes que se envolveram numa atmosfera cultural, artística e gastronômica, propícia para o encontro entre pessoas, ideias, sabores e saberes tradicionais e a sustentabilidade.
Os produtores receberam da Coordenação de Agroecologia Urbana da Secretaria de Meio Ambiente o espaço do evento com todo o planejamento de barracas, pontos de energia elétrica, gerador, banheiros químicos, divulgação prévia de seus produtos e marcas nas mídias sociais da Prefeitura e em jornais de grande circulação; oficinas interativas sobre gastronomia agroecológica, alimentação viva e compostagem urbana; atividades infantis de contação de histórias, brinquedos e cavalgada; apresentação de slackline, campanha de adoção de cães e gatos e shows musicais.
Toda essa estrutura, sem custo algum para os produtores, representou a concretização de um dos objetivos do Programa Municipal de Agroecologia Urbana de Niterói de criar pontos de comercialização na cidade para escoamento dos produtos da agricultura familiar, da produção agroecológica e da pequena agroindústria do município, como instrumentos de fomento à Agroecologia Urbana municipal.
O evento de inauguração do Circuito de Feiras Agroecológicas de Niterói rendeu diretamente aos produtores da cidade uma média total de R$ 64 mil, demonstrando o potencial econômico do setor agrário de Niterói e a capacidade de gerar riquezas a partir de um novo modelo de produção agroalimentar sustentável, inclusivo e rentável.

Foto: Arquivo Secretaria de Meio Ambiente


A coordenadora de Agroecologia da Secretaria de Meio Ambiente, Isabella Fattori, destacou que inaugurar o Circuito de Feiras Agroecológicas Ricardo Nery significa cumprir o propósito de aproximar da população niteroiense tudo o que envolve a produção alimentar agroecológica praticada em vários pontos da cidade, por diversos agricultores e produtores familiares, mas até então muito pouco conhecida e difundida.
“Devolvemos o alimento e a sua produção para o lugar central que merecem estar: entre as atividades humanas e os encontros sociais. Despertamos o interesse político de uma pauta multidimensional que fomenta economia, cultura, turismo. Garante segurança e soberania alimentar. Reforça práticas favoráveis ao clima com a descarbonização dos processos produtivos de cadeia curta e circular. Tudo isso mantendo nosso rico patrimônio florestal cada vez mais biodiverso, ocupando a maior parte do território niteroiense de forma pulsante. Foi emocionante e revolucionário poder dar vez e voz aos protagonistas da Agroecologia de Niterói que há anos vêm acreditando que é possível realizarmos juntos políticas públicas agroalimentares efetivas e prósperas. É só o começo! Ano que vem teremos mais edições, uma a cada estação, ocupando diferentes equipamentos públicos das regiões de Niterói”, afirma Isabella.
O circuito recebeu o nome de Ricardo Nery em homenagem ao presidente do Instituto Agroecológico de Niterói (IAN), que faleceu em outubro. Durante anos, Nery foi um dos grandes entusiastas e defensor do setor agroecológico de Niterói e era parceiro da Secretaria do Meio Ambiente na implementação das políticas públicas municipais da agroecologia.
Corredores produtivos – Os produtores familiares agroecológicos desenvolvem suas atividades agrárias em sítios ou chácaras, concentrados em sua maior parte nos corredores produtivos de localidades como: Muriqui, Pendotiba, Sapê, Rio do Ouro, Chibante, Vila Romana, Alto do Muriqui, Jacaré, Várzea das Moças, Itaipu, Engenho do Mato e Tibau.
“A agroecologia tem um papel muito importante dentro deste cinturão produtivo. Muitos estão em áreas de amortecimento e reduzem o impacto ambiental negativo, prestando serviços ambientais dentro do tripé da sustentabilidade. Essas pessoas recuperam e mantêm essas áreas. Não é só no ganho de emprego e renda, elas estão próximas às áreas de proteção, mantendo as áreas verdes cada vez mais seguras”, afirma Rafael Robertson, secretário de Meio Ambiente.

Foto: Ottovay Fotografia

Foto Capa: Arquivo Secretaria de Meio Ambiente

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